Aula magna do mestrado ProfEPT debate a violência no ambiente educacional

Os aprovados para a turma 2023 do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), o primeiro programa de mestrado em rede do Instituto Federal do Amapá (Ifap), tiveram aula inaugural na sexta-feira (31/3), no Campus Santana. O tema abordou a “Diversidade e direitos humanos no ambiente escolar no cenário brasileiro” e foi ministrado pela professora doutora Kátia Paulino dos Santos, reitora da Universidade do Estado do Amapá (UEAP).

O ProfEPT é o primeiro programa stricto sensu do Instituto Federal do Amapá em nível de mestrado, com oferta de vagas para a comunidade interna e externa por meio do Exame Nacional de Acesso (ENA), que ocorre de forma simultânea para todos os integrantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no país. No Ifap, o ProfEPT entra no seu quinto ano e tem suas aulas presenciais no Campus Santana. Desde o ano passado, está sob a Coordenação Acadêmica Local do professor Argemiro Midonês Bastos. Para as 24 vagas abertas ao Ifap em 2023, concorreram 739 candidatos.

“O impacto do ProfEPT não é apenas na sociedade, mas principalmente no processo formativo para elevação do nível de escolaridade dos nossos servidores. Por isso, nós reservamos 50% das vagas para capacitar o quadro de servidores do Ifap na área que nós atuamos, que é a educação profissional científica e tecnológica. Estarmos aqui hoje na realização de uma aula magna que versa sobre os direitos humanos na educação tem um significado muito especial, principalmente no momento em que estamos vivendo, ou revivendo, um governo com uma estrutura política que em tese vem defender a expansão, a interiorização e a democratização da educação profissional. Acreditamos que esses novos mestrandos em pouco tempo estarão no mercado de trabalho externo e até mesmo em nossa instituição contribuindo com a EPT”, declarou o pró-reitor de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Romaro Silva.

A acadêmica do ProfEPT Josineia Barroso é professora do estado no ensino fundamental I. Desde a preparação para o ENA até este momento, ela conta sobre suas expectativas. “Nós tínhamos uma expectativa e agora com o ingresso [no mestrado] nós temos outra. O leque se abriu, a educação profissional, apesar de antiga, vem sendo debatida com mais afinco agora. O mestrado vem para abrir ainda mais o nosso conhecimento para a questão da educação profissional, principalmente no estado do Amapá”, relatou.

A estudante considera urgente falar sobre a diversidade e os direitos humanos na escola. “Acertadíssimo! Os direitos humanos são um tema muito atual e nós temos que estar confortáveis para debater sobre isso em sala de aula durante o curso, principalmente nós, que somos professores e lidamos diariamente com a questão da violência nas escolas e muitas vezes não sabemos como lidar com uma problemática dessas quando surge dentro de sala de aula”.

A reitora da UEAP, Kátia Paulino, entende que a violência na escola é um processo que se constitui historicamente, e “tratar sobre direitos humanos é tentar reverter esses indicadores tão tristes de violência. É fundamental esse tratamento. Na oportunidade eu parabenizo a iniciativa do Ifap de tornar dessa temática a sua aula magna. Eu acho que o caminho é justamente este, amadurecer o pensamento para que a gente consiga resolver esse problema tão crônico da violência no Brasil”.

Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana

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