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Ex-aluno e hoje professor destaca apoio do Napne

Publicado: Quinta, 28 de Abril de 2022, 15h30

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Encontro dos Napnes tem participação de estudante com deficiência auditiva que ingressou em curso técnico integrado ao ensino médio, fez licenciatura e agora é professor substituto do Ifap

 

O relato da trajetória acadêmica de Samuel da Silva Neves, ex-aluno e, hoje, professor substituto com deficiência auditiva do Instituto Federal do Amapá (Ifap), marcou o último dia do V Encontro dos Núcleos de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnes) do Ifap, nesta quinta-feira (28/4). Foram três dias de palestras e trocas de experiências por meio do canal TV Ifap, no YouTube.

 

Durante a roda de conversa "Desafios dos Napnes na Inclusão de Estudantes Público-Alvo no Período Pandêmico", Samuel Neves contou que, desde que ingressou no Ifap, em 2011, como aluno do curso técnico integrado de Meio Ambiente, no Campus Laranjal do Jari, recebeu o acompanhamento da equipe do Napne. “O Napne me permitiu continuar meus estudos, reduzindo as barreiras. Fui atendido quando precisei e aprendi com o Napne a ter a sensibilidade com o próximo. Hoje sou professor e vejo a necessidade do meu aluno, com ou sem deficiência”, contou.

 

Samuel da Silva Neves, portador de deficiência auditiva, ex-aluno e, hoje, professor substituto do Ifap

 

Após o curso técnico, que estava sendo implantado naquele ano de 2011, Samuel ingressou também na primeira turma do curso superior de Licenciatura em Ciências Biológicas. “Sempre fui pioneiro”, brincou. Mostrando o crachá funcional aos participantes do evento, destacou: “Minha conquista está bem aqui. Sou professor substituto do Ifap. Tenho 11 anos de Instituto Federal, e o Napne me fez acreditar que futuramente posso me tornar professor efetivo”, afirmou.

 

Com surdez total no ouvido esquerdo e parcial no direito, Samuel foi nomeado em 2022 professor substituto de Biologia do Campus Laranjal e hoje tem alunos com necessidades especiais dentro da sala de aula. “Em toda a minha atividade acadêmica já tive alunos com necessidades especiais, como baixa visão, autista ou síndrome de down. Para cada necessidade específica, você tem uma metodologia diferenciada, procuro conversar também com a família. Somos todos iguais e devemos ser tratados com respeito”, ressaltou.

 

Dorinalda Costa Pantoja, mãe do aluno Oswaldo Pantoja Rodrigues, do curso técnico integrado Rede de Computadores do Campus Macapá, também participou da roda de conversa. Emocionada, ela falou que o filho, que tem transtorno do espectro autista, vem acompanhando a turma com a ajuda da equipe do Napne e chega agora em 2022 ao último ano do curso.

 

A representante do Napne do Campus Porto Grande, professora Célia Souza da Costa, destacou que o Ifap tem a inclusão no seu DNA e os Napnes são os guardiões da inclusão. “Essa unidade nos campi auxilia a entrada, a permanência e o êxito dos estudantes, que é onde o Samuel está chegando, nossa grande conquista. Esperamos que mais estudantes de todos os campi possam estar nas próximas edições dos encontros dos Napnes. É um trabalho de equipe, desde o terceirizado, até o diretor do campus para que possamos continuar com nosso DNA inclusivo e colher mais frutos no decorrer dos anos”, declarou.

 

A roda de conversa teve ainda a participação das representantes dos Napnes dos campi Macapá, Márcia Oliveira, e Santana, Nazaré do Socorro Costa.

 

Metas

 

No último dia de programação, o V Encontro dos Napnes do Ifap foi iniciado com a palestra da psicóloga Ana Cleonice Pastana, da Secretaria Municipal de Educação de Macapá, sobre “Educação Especial Modelos e Perspectivas". Ao final, foi lida pela servidora Natália Picanço, do Centro EaD de Pedra Branca do Amapari, a “carta magna” do evento, composta a partir das propostas de ações e metas feitas pelos grupos de trabalho.

 

O encontro envolveu todas as equipes dos Napnes dos campi Laranjal do Jari, Macapá, Porto Grande, Santana, Oiapoque e Pedra Branca do Amapari, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proeppi), através do Departamento de Extensão, Cultura e Arte e do Setor de Ações Inclusivas e Diversidade.

 

 

 

Por Suely Leitão, jornalista da Reitoria



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