Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Mulheres empreendedoras inspiram e emocionam nas transmissões da TV Ifap

Publicado: Sexta, 18 de Março de 2022, 16h27

Registro da tela de transmissão do relato de Rejane Soares e Nádia Correa na TV Ifap

 

Relatos de sucesso foram apresentados durante o 2o Encontro VirtuMulher promovido pelo Ifap para comemorar o Dia Internacional da Mulher

 

Arlete Leal, Nádia Correa e Rejane Soares. Três mulheres amapaenses que resolveram, sozinhas ou em associação com outras mulheres, apostar no potencial de criar e gerir um empreendimento. O desafio de se tornar donas do próprio negócio resultou, não só em retorno financeiro, mas também em autonomia. O relato de sucesso dessas empreendedoras levou emoção e inspiração ao público que acompanhou as transmissões do canal TV Ifap no YouTube, durante o 2o Encontro VirtuMulher, promovido pelo Instituto Federal do Amapá (Ifap), de 8 a 11 de março, para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

 

Confira o álbum de fotos das ativdades presenciais do 2o Encontro VirtuMulher

 

Empreendedora desde a adolescência, Nádia Correa contou a experiência da “Fios Quilombolas”, com serviços de beleza, artesanato e moda. Moradora do Quilombo do Curiaú, ela é de família de baixa renda e pouca escolaridade, mas resolveu dar um passo além há 20 anos atrás. “São coisas que eu gosto, aprendi a fazer desde muito cedo, quando tive necessidade de ter minha renda, de não ter que pedir para minha mãe, ter autonomia, ter o meu dinheiro e o poder de comprar as minhas coisas”, relatou.

 

A área da beleza afro foi escolhida porque Nádia, autodidata, percebeu a oportunidade na própria vida. “Era uma coisa que não tinha. Comecei a ler, a estudar, a entender as necessidades da minha família e de outras mulheres por não ter produtos e não saber lidar com aquele cabelo”, disse a empreendedora, que é acadêmica do curso de Tecnologia em Alimentos e formada em Técnica em Alimentos pelo Campus Macapá do Ifap. “O meu empreendimento me faz ter liberdade”, resumiu.



Também no segmento afro, Rejane Soares falou da marca de moda “Zwanga Moda Afro” criada por ela. “Sou afroempreendedora. Tenho já para 5 anos de negócio. Começamos no banco da praça, fazendo feira, trançando, montando turbantes. As pessoas não acreditavam que seria possível que as mulheres pudessem ter o seu negócio. Hoje estamos aqui felizes da vida, finalizando a construção de nossos espaços. A gente acaba se renascendo e se reencontrando a partir da história de outras mulheres”.

 

Para Rejane, a cumplicidade entre as mulheres impulsiona o empreendedorismo. “A gente percebe que nunca é só nosso, nunca é só a história da Rejane, a gente está sempre interligada em rede. Uma vai inspirando a outra e nessa inspiração a gente cria uma relação de respeito, de cumplicidade. Uma divulga o trabalho da outra, fortalece. E muito vezes é isso que precisa”, concluiu.

 

Registro da tela de transmissão do relato de Arlete Leal na TV Ifap

 

Esforço e união feminina

Para Arlete Leal e as demais 26 mulheres da Associação Sementeiras do Alto Araguari, o empreendedorismo surgiu como única saída para garantir o sustento da família após perderem a fonte de renda, devido ao fechamento de um garimpo ilegal que funcionava desde a década de 1970 dentro da Floresta Nacional do Amapá. A coleta de sementes da floresta para extração de óleos já era uma prática tradicional, mas passou a se tornar um negócio rentável após muito esforço e união feminina.

 

“Antes era só para uso familiar. Em 2013 começamos a nos reunir, depois que uma técnica do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) que estava fazendo pesquisa para o mestrado nos falou do potencial da andiroba para comercialização. Aí veio o Iepa (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá) e trouxe a tecnologia para produzir sabonete e unguento (pomada)”, contou Arlete. Mas até chegar ao empreendimento atual, houve muita luta.

 

“Nós éramos todos da Associação Bom Sucesso, criada após a extinção do garimpo, e conseguimos um financiamento do Fundo Amazônico de R$ 598 mil, para construir laboratório, comprar máquina, mas isso se tornou um pesadelo, houve desentendimento. Nós é que vamos pra floresta, mas todo mundo queria se meter no nosso trabalho, muita gente queria meter a mão”, relembrou.

 

Em 2017, as mulheres extrativistas saíram da associação e decidiram brigar judicialmente para reaver o material já adquirido. Isso elas não conseguiram, mas a sugestão da defensora pública que as atendeu foi decisiva para que criassem a associação. “De 2020 pra cá nos organizamos. Uma outra pesquisadora fez para nós uma vaquinha on-line, arrecadamos R$ 7 mil. Começamos a comprar os instrumentos de trabalho e voltamos a produzir”.

 

No ano passado, conseguiram uma parceria com o Instituto Iepé para construir o laboratório de produção e deixaram de usar a casa de um agente comunitário, um dos quatro homens que são sócios. “Hoje a gente só tem alegria, mas a nossa história não foi muito de alegria. Às vezes, nós, mulheres, temos muita dificuldade de conseguir o que a gente quer”, relatou.

 

Para saber mais, acesse os seguintes perfis nas redes sociais:

 

 

Por Suely Leitão, jornalista da Reitoria



Diretoria de Comunicação - Dicom
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Twitter: @ifap_oficial
Facebook:/institutofederaldoamapa



registrado em:
Fim do conteúdo da página