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Projeto de estudantes do campus Macapá constrói microscópio com menos de R$ 25

Publicado: Quinta, 01 de Março de 2018, 20h18 | Última atualização em Quinta, 01 de Março de 2018, 20h43

Equipamento óptico primordial para o avanço da ciência e utilizado nas aulas práticas de ciências e outros componentes curriculares, um microscópio pode custar mais de R$ 7 mil entre os modelos sofisticados. Pensando em reduzir esse valor e tornar o aparelho mais acessível para as escolas públicas, estudantes do curso técnico de nível médio em Edificações do campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap) desenvolveram o projeto de pesquisa “Microscópio caseiro: uma alternativa para a melhoria do ensino de citologia nas escolas com ausência de laboratório de ciências”.

Orientados pelo professor de Biologia Joádson Rodrigues, os estudantes Carlos Eduardo Pereira e Thais Rodrigues, ambos com 16 anos, montaram protótipos que custaram R$ 24 e R$ 18. O baixo custo foi possível com o uso de sucatas ou materiais baratos, como capas de CDs e lanternas. As lentes de ampliação, por exemplo, foram retiradas de aparelhos de CD ou DVD. E, para visualização e registro das lâminas analisadas os protótipos precisam apenas que o usuário disponha de um celular com câmera.

Além do preço acessível, o microscópio montado pela equipe é de fácil replicação, portátil e funciona sem energia elétrica. “O manual desenvolvido durante a pesquisa ajuda o interessado a construir um microscópio, pois lá estão descritos todos os materiais necessários, o passo-a-passo de como montá-lo e uma tabela com o orçamento estimado dos acessórios que o compõe”, explica o professor Joádson Rodrigues.

O projeto foi o vencedor da V Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap) na categoria Ciências Biológicas Ensino Médio. Essa premiação classificou o projeto a participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da Universidade de São Paulo (USP), que acontecerá, na capital paulista, nos dias 13, 14 e 15 de março. “Foi muito interessante desenvolver um projeto multidisciplinar como este, pois não envolve só a construção do equipamento, mas também química e biologia”, observou Thais Rodrigues.

Uma das etapas previstas no regulamento da Febrace para avaliação dos projetos finalistas envolve a votação do júri popular. Para votar na ideia dos estudantes do campus Macapá, os interessados devem acessar a página do projeto hospedada no site da Febrace e em seguida clicar no botão “curtir” logo abaixo do vídeo que mostra a equipe fazendo um resumo do projeto.

Para Carlos Eduardo Pereira, participar do projeto foi desafiador. “Nossas participações em feiras, por exemplo, ajudaram a melhorar o equipamento e testá-lo com outros materiais, ou seja, isso contribuiu para que chegássemos ao produto que estamos apresentando”, disse.

A necessidade de levar para a sala de aula conteúdos que vão além dos descritos e exemplificados nos livros didáticos estimulou o professor Joádson Rodrigues a concorrer ao Edital nº 001/2016 do Departamento de Pesquisa e Extensão do campus Macapá. “Desde o início da minha atividade docente em escolas de ensino fundamental via carência de laboratórios e o quanto isso implicava o ensino efetivo de algumas disciplinas”, contou. “Agora, com o êxito da pesquisa, podemos levar estes equipamentos a escolas, ministrar cursos sobre a construção do microscópio e utilização para professores da rede pública”, comemora.

 

Por Jacyara Araújo, jornalista do campus Macapá


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